Grupo 5 -Rio Jucu
O homem e as águas das restngas capixabas
Grupo 5 - Rio Jucu
A bacia hidrográfica do Rio Jucu é uma das mais importantes na região central do estado capixaba. A sua área atinge 2.148 km² e a extensão do rio é 166 km. A bacia percorre uma área muito importante tanto em termos ambientais bem como em termos de ocupação humana. Além disso, os últimos quilômetros junto a sua desembocadura, atravessam uma das mais importantes reservas das retingas capixabas. As águas do rio banham os municípios de Domingos Martins, Marechal Floriano, Cariacica, Viana, Guarapari e Vila Velha.
A Reserva Ecológica Estadual de Jacarenema
A unidade foi criada através da Lei Estadual Nº 5.427/1997. Localizada próxima a Barra do Rio Jucu, em Vila Velha, a reserva possui uma uma área de 247,36 ha e contém vegetação de restingas, mangues e fragmentos de Mata Atlântica. Segundo a lei estadual acima citada, os objetivos principais dessa unidade de conservação seriam:
a) proteger a área litorânea do Município de Vila Velha contra o desmatamento, a erosão do solo, a mobilização dos leitos dos rios e a ocupação da área por agentes poluidores e degradadores;
b) preservar os ecossistemas naturais da área, assegurando a fixação e manutenção do equilíbrio do estuário do Rio Jucu;
c) propiciar processo reprodutivo entre as diferenças espécies da fauna e flora locais, preservando-as da extinção;
d) possibilitar a realização de pesquisas e estudos, visando otimizar a sua preservação, sem contudo afetar as características naturais da área.
Infelizmente, a reserva de Jacarenema está em péssimo estado de conservação. Os principais acessos à reserva são através da Rodovia do Sol, próximo ao Boulevard Shopping ou via Balneário da Baía, próximo à Ponte da Madalena (que está parcialmente destruída). A reserva ecológica de Jacarenema foi reconhecida pela Prefeitura de Vila Velha conforme Decreto Municipal N º 056/83. A reserva foi criada para proteger os animais do manguezal que margeam o rio Jucu.
Apesar de receber visitas de ilustres naturalistas europeus no século XIX, a história recente da reserva exibe uma longa lista de depredações e graves impactos humanos. A partir da década de 1950, a vegetação original de Jacarenema foi praticamente eliminada para a produção de carvão vegetal para alimentar os fornos da Companhia Ferro e Aço de Vitória. Nas décadas de 1970 e 1980, a depredação dos recursos naturais de Jacarenema continuou graças aos loteamentos e assentamentos desordenados oriundos da explosão populacional verificada na Região Metropolitana de Vitória. Hoje, a reserva está praticamente abandonada pelo poder público municipal e é o paraíso de traficantes, bandidos e assaltantes que praticamente impedem que visitantes e os próprios gestores públicos acessem o local em paz.
A unidade foi criada através da Lei Estadual Nº 5.427/1997. Localizada próxima a Barra do Rio Jucu, em Vila Velha, a reserva possui uma uma área de 247,36 ha e contém vegetação de restingas, mangues e fragmentos de Mata Atlântica. Segundo a lei estadual acima citada, os objetivos principais dessa unidade de conservação seriam:
a) proteger a área litorânea do Município de Vila Velha contra o desmatamento, a erosão do solo, a mobilização dos leitos dos rios e a ocupação da área por agentes poluidores e degradadores;
b) preservar os ecossistemas naturais da área, assegurando a fixação e manutenção do equilíbrio do estuário do Rio Jucu;
c) propiciar processo reprodutivo entre as diferenças espécies da fauna e flora locais, preservando-as da extinção;
d) possibilitar a realização de pesquisas e estudos, visando otimizar a sua preservação, sem contudo afetar as características naturais da área.
Infelizmente, a reserva de Jacarenema está em péssimo estado de conservação. Os principais acessos à reserva são através da Rodovia do Sol, próximo ao Boulevard Shopping ou via Balneário da Baía, próximo à Ponte da Madalena (que está parcialmente destruída). A reserva ecológica de Jacarenema foi reconhecida pela Prefeitura de Vila Velha conforme Decreto Municipal N º 056/83. A reserva foi criada para proteger os animais do manguezal que margeam o rio Jucu.
Apesar de receber visitas de ilustres naturalistas europeus no século XIX, a história recente da reserva exibe uma longa lista de depredações e graves impactos humanos. A partir da década de 1950, a vegetação original de Jacarenema foi praticamente eliminada para a produção de carvão vegetal para alimentar os fornos da Companhia Ferro e Aço de Vitória. Nas décadas de 1970 e 1980, a depredação dos recursos naturais de Jacarenema continuou graças aos loteamentos e assentamentos desordenados oriundos da explosão populacional verificada na Região Metropolitana de Vitória. Hoje, a reserva está praticamente abandonada pelo poder público municipal e é o paraíso de traficantes, bandidos e assaltantes que praticamente impedem que visitantes e os próprios gestores públicos acessem o local em paz.
As águas das restingas e a poluição por esgotos não tratados
As águas do Rio Jucu não chegam ao mar sem antes receberem as águas negras (esgotos não tratados) provenientes do Canal do Congo que corta áreas altamente urbanizadas no distritos de Barramares, Praia dos Recifes, São Conrado, Ulisses Guimarães, Normília da Cunha e Barra do Jucu. Os dois cartogramas a seguir demonstram a poluição das águas das restingas devido ao esgoto doméstico não tratado.
As águas do Rio Jucu não chegam ao mar sem antes receberem as águas negras (esgotos não tratados) provenientes do Canal do Congo que corta áreas altamente urbanizadas no distritos de Barramares, Praia dos Recifes, São Conrado, Ulisses Guimarães, Normília da Cunha e Barra do Jucu. Os dois cartogramas a seguir demonstram a poluição das águas das restingas devido ao esgoto doméstico não tratado.
A importância dos solos para a vegetação ripária do Rio Jucu
O gradiente fitoedáfico estudado por Magnago et al. 2010 no Rio Jucu pode ser visto muito claramente nas imagens alinhadas geradas nesse estudo. O ritmo das cheias e vazantes modifica a quantidade de matéria orgânica do solo e delimita a estrutura da vegetação ripária.
O gradiente fitoedáfico estudado por Magnago et al. 2010 no Rio Jucu pode ser visto muito claramente nas imagens alinhadas geradas nesse estudo. O ritmo das cheias e vazantes modifica a quantidade de matéria orgânica do solo e delimita a estrutura da vegetação ripária.
Vídeo na desembocadura do Rio Jucu
O vídeo, a seguir, mostra a beleza das águas das restingas capixabas. As imagens também mostram claramente a chegada das águas negras (contaminadas por esgotos não tratados) que contaminam não só as águas das restingas do entorno, mas, devido às correntes oceânicas, levam parte dessa carga orgânica em direção das praias mais bonitas e mais frequentadas de Vila Velha (Itaparica e Itapoã).
O vídeo, a seguir, mostra a beleza das águas das restingas capixabas. As imagens também mostram claramente a chegada das águas negras (contaminadas por esgotos não tratados) que contaminam não só as águas das restingas do entorno, mas, devido às correntes oceânicas, levam parte dessa carga orgânica em direção das praias mais bonitas e mais frequentadas de Vila Velha (Itaparica e Itapoã).
O biólogo Ricardo Motta Pinto Coelho, autor do Atlas das Águas das Restingas Capixabas, faz um apelo pela implantação e consolidação da Reserva de Jacarema e explica porque essa unidade de conservação é vital para o futuro de Vila Velha.
