Elaboração de um Banco de Dados sobre Recursos Hídricos em Minas Gerais - Biota Aquática com Ênfase na Bacia do Rio Doce.

Departamento de Biologia Geral, ICB, UFMG-Fundep

Instituto Mineiro de Gestão de Águas - IGAM

Belo Horizonte, MG -  Dezembro de 2002

Tabela I - Índice de matérias do projeto

  

Tópico

Pg

1- Introdução

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2- Objetivos

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3 - Métodos

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3.1 - Área de Estudos

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3.2  -Variáveis Físico-Químicas

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3.3 - Variáveis Bióticas

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3.4- Fontes Antrópicas de Nutrientes

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3.5 - Banco de dados

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4 - Cronograma

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5 - Justificativa

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5.1 -Material Permanente

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5.2 - Material de Consumo

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5.3 Passagens e Diárias

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5.4 - Manutenção de equipamentos

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6 - Contrapartida Institucional

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7 - Projetos Correlatos

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8 - Resultados Esperados

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8- Equipe

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9- Planos de Trabalho dos Bolsistas

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10 - Literatura

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1-Introdução

Atualmente observa-se uma tendência global nas ciências ambientais no sentido de promover estudos que relacionem a estrutura e função dos ecossistemas com as atividades humanas. Essa visão decorre da constatação de que os sistemas naturais encontram-se cada vez mais ameaçados por um conjunto muito variado de atividades humanas.

Nesse sentido, há uma profusão de índices biológicos e físico-químicos de qualidade ambiental que procuram ajudar os gestores ambientais a identificar os impactos que os diferentes distúrbios causam aos ecossistemas. Esses distúrbios tanto podem ser tanto naturais tais como anomalias climáticas, erupções vulcânicas, vendavais quanto aqueles causados pelo homem.

A comunidade aquática responde de uma forma vigorosa aos diferentes tipos de impacto ou distúrbios ecológicos. Nesse sentido, a teoria ecológica evoluiu muito nos últimos anos, identificando de forma precisa os tipos de equilíbrios existentes na natureza bem como as maneiras pelas quais os ecossistemas reagem aos distúrbios (Pinto-Coelho, 2000).

Tradicionalmente, a ecologia aplicada e, particularmente a escola européia, tem se voltado ao uso de diferentes tipos de índices bióticos (índices de saprobidade, indicadores ambientais, etc) para quantificar os impactos ambientais em ambientes aquáticos (Klee, 1990). Entretanto, essa abordagem é eficiente apenas quando se tem um profundo conhecimento da biota aquática regional e um longo histórico de monitoramento ambiental. Infelizmente tais condições inexistem na maioria dos países, em especial em países tropicais de grandes dimensões, com elevada biodiversidade como é o caso do Brasil. Sendo assim, a abordagem autoecológica (baseada no estudo de uma ou poucas populações de espécies consideradas indicadoras) torna-se bastante limitada na realidade brasileira.

Esse problema tem sido amplamente discutido na comunidade científica brasileira. Em resposta a tais desafios, duas abordagens têm sido adotadas pelas entidades de fomento à pesquisa: (a) a adoção de programas de monitoramento e inventário da biodiversidade de longa duração em sítios considerados prioritários tal como o programa PELD do CNPq (Barbosa, 2000)  (b) a adoção de programas de inventários  generalizados da biota aquática e terrestre em determinadas áreas do país - o programa BIOTA da Fapesp seria o melhor exemplo dentro dessa outra abordagem. Esses programas procuram atender a uma demanda por conhecimento acurado sobre a biodiversidade na região neotropical que sabidamente é uma das mais ricas da biosfera.

Minas Gerais com seus quase 800.000 km2 e uma rede hidrográfica extensa de onde parte boa parte dos mais importantes rios do continente. Dentre esse cursos de água pode-se citar os rios formadores das bacias do rio Paraná, rio São Francisco. Não deve ser deixado de mencionar os rios da vertente atlântica, tais como o rio Doce, rio Jequitinhonha e rio Paraíba do Sul, dentre outros. O estado possui uma biota praticamente desconhecida se considerarmos a área total do estado, os biomas envolvidos e a escassez de grupos de pesquisa que lidam com o assunto.

A biota de MG, embora ainda em grande parte mal conhecida, encontra-se, no entanto, ameaçada pelos diferentes tipos de atividades antrópicas tais como a mineração, a indústria das hidroelétricas, a silvicultura industrial. A rápida expansão urbana e das fronteiras agrícolas do estado são ainda outros fatores muito importantes na degradação da qualidade de água dos rios mineiros. Alguns estudos pioneiros indicam que todo esse desenvolvimento econômico muitas vezes causa uma abrupta perda da qualidade ambiental. 

O presente estudo pretende organizar os dados existentes sobre a biota aquática no estado em um banco de dados de uso múltiplo via Internet, com acesso diferenciado, sediado em um servidor no Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Espera-se com isso universalizar as informações sobre a qualidade de água no estado. Esse tipo de ação não somente será útil para preservar e conservar os recursos hídricos no estado mas também irá contribuir para uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos que  tem a sua residência em MG.

A escolha da bacia-piloto para se testar a eficácia do banco de dados recaiu sobre o trecho mineiro do rio Doce. Esta escolha decorre do fato de que a bacia já possui um acervo de estudos ecológicos prévios que embasa a rede amostral a ser usada. Esses estudos já identificaram o potencial de cada uma das atividades humanas como agente degradador da qualidade de água. Dessa forma, a informação pré-existente na bacia do rio Doce nos permitiu delimitar um conjunto claro de hipóteses que podem ser testadas com objetividade na presente proposta.



2- Objetivos da Presente Proposta

O projeto pretende gerar um banco de dados dados georeferenciado envolvendo variáveis físico-químicas (sobvretudo aquelas usadas para o cálculo do índice de qualidade de água (IQA) ao lado de variáveis ligadas ao inventário da biodiversidade aquática. O banco de dados estará  voltado para as bacias hidsrográficas de Minas Gerais mas será inicialmente aplicável à bacia do Rio Doce, onde serão feitas coletas em diferentes sistemas lóticos e lênticos cobrindo toda a extensão da bacia e os diferentes tipos de impactos antrópicos ali existentes.

O sistema permitirá diferentes tipos de acesso para cada tipo de usuário via Internet. As informações poderão estar disponíveis tanto na forma de tabelas e/ou gráficos bem como em mapas gerados a partir de aplicativos GIS (Georeferenciados). Preteende-se ainda elaborar um protocolo padrão (mínimo) para obtenção de dados sobre biodiversidade aquática que poderá ser aplicável a todas as bacias do estado, com as devidas modificações regionais. O servidor central estará baseado no IGAM que também será o responsável pela manuntenção do sistema.

A premissa básica da proposta pode ser sintetizada da seguinte forma: "os sinais biológicos oferecem uma melhor informação sobre a qualidade de água, refletindo de modo mais adequado (mais rapidamente e mais especificamente) aos diferentes impactos antrópicos". Essa premissa por sua vez pode ser traduzida em um conjunto de hipóteses específicas que serão testadas no estudo:

 (a) quais são as respostas em termos de riqueza, diversidade, abundância e biomassa de espécies de biótopos aquáticos associadas às diferentes classes de qualidade de água determinadas pelo IQA?

(b) Em termos de ambientes lênticos (lagos) quais são os organismos que mais respondem às variações de qualidade de água sensu IQA?

(c)  Em termos de ambientes lóticos (rios) quais são os organismos que mais respondem às variações de qualidade de água sensu IQA?

(d) Quais são os efeitos que as mudanças de vazão nos rios (medida pelas estações automatizadas do IGAM sediadas na bacia do rio Doce) causam na estrutura das comunidades envolvidas?

 A construção do banco de dados que permitirá operações lógicas e associativas entre as informações coletadas ao lado da abordagem georeferenciada e quantificada das atividades humanas na bacia poderão enfim reponder à questão:

(e) Em que medida as principais atividades antrópicas da bacia (pecuária, silvicultura e mineração) afetam a biodiversidade aquática dos grupos enfocados?

3 - Métodos

3.1 - Área de Estudo

A parte mineira da bacia do rio Doce estende-se pelas porções leste e sul do estado. A geomorfologia dominante é a do "mar de morros" com mais de 80% da área total ondulada ou fortemente ondulada. Os solos são classificados predominantemente como latossolos vermelho-amarelo (LV), mas com ocorrências localizadas de hidrossolos ou cambissolos. A região originalmente era coberta pela Mata Atlântica hoje praticamente reduzida aos 36000 hectares do Parque Estadual do Rio Doce (PERD) além de fragmentos de 10-100 hectares disseminados pela região. Embora muito afetada pelo desmatamento, a Mata Atlântica brasileira pode chegar a abrigar cerca de 60% da biodiversidade dos biomas tropicais (Fonseca, 1997). Esse ecossistema foi um dos mais atingidos pelo desmate estando hoje reduzido a cerca de 12% de sua cobertura original no país.

Figura 1 - Bacia do rio Doce e principais afluentes no entorno do Parque Estadual do Rio Doce (PERD). Notar que a região é dominanda por silvicultura intensiva e por áreas de pastoos. Nessa região existem ainda três grandes concentrações industriais a saber: Monlevade, Acesita, Ipatinga (Usiminas) e Cenibra (Cia Vale do Rio Doce). Extraído de Barbosa et al. (2000).



A pecuária extensiva e a silvicultura industrial, ou seja, a monocultura de Eucaliptus, são as principais atividades humanas da bacia. Essas atividades ocupam pelo menos 80% da área total da bacia.

O clima da região é o úmido-subtropical, com uma precipitação média de 1450 mm, distribuídos em uma estação chuvosa muito bem demarcada entre os meses de dezembro e março. A temperatura média anual oscila entre 20 e 23C, mas a temperatura máxima diurna pode atingir a 35 C.

 

 

3.1.2 - Pontos de Coletas

3.1.2.1 - Ambientes Lênticos (pontos de lagos)

Os ambientes lênticos a serem amostrados estão localizados na região do Parque Estadual do Rio Doce (PERD) sendo dois lagos situados dentro da reserva (Lago Dom Helvécio e Lagoa da Carioca) e quatro lagos localizados em áreas vizinhas sujeitos a diferentes impactos antrópicos, principalmente monoculturas da mirtácea Eucalyptus, ou seja, os lagos Palmeirinha, Jacaré, Lagoa Amarela e Lagoa das Águas Claras.

As coletas serão feitas na região central, de maior profundidade, em pontos cobrindo toda a coluna de água e delimitados segundo a penetração de luz medida pelo radiômetro sub-aquático (100%, 10% e 1% da zona fótica) e a 1,0 metro do fundo, na região normalmente afótica do sistema.



3.1.2.2 - Pontos Lóticos (pontos de rios)

Serão amostrados sete rios da bacia do médio Rio Doce (Ribeirão Caraça, Rio Sta. Bárbara, Rio Piracicaba, Ribeirão Do Severo, Rio do Peixe, Rio Doce e Ribeirão do Ipanema). As coletas normalmente serão feitas a partir de pontes ou pontilhões com o uso de garrafa amostradora e sondas mutliparamétricas (YSI, Digimed). As coletas de material bentônico e de vegetação aquática serão feitas a partir da margem com o material apropriado.

 

3.2 - Variáveis Físico-Químicas

As amostragens e análises são realizadas a cada semestre, com um total anual de 2 campanhas de amostragem por ponto. As amostras coletadas com auxílio de uma garrafa amostradora de Van Dorn (Hydrobios) de 1 ou 2 litros de capacidade. Essas garrafas são de pexiglas e titânio o que conferem um alto grau de pureza na aparelhagem de amostragem, ficando as amostras livres de contaminação do tipo metais traços ou matéria orgânica. As amostras serão tomadas na zona sub-superficial (0,5 m) evitando zonas de turbilhões ou bancos de macrófitas. A maioria dos pontos de coleta localiza-se em pontes.



As seguintes variáveis físico-químicas serão mensuradas em todos os pontos de coletas:



Tabela II - Lista das variávies físico-químicas que serão mensuradas no projeto.

 

Temperatura da água e do ar Fosforo Total
Turbidez Fósforo Solúvel
Sólidos Orgânicos em Suspensão Nitrato
Sólidos Inorgânicos em Suspensão Nitrito
Sólidos Totais em Suspensão Nitrogênio Total
Clorofila-a Amônia
Feopigmentos Sulfatos
pH (in loco) Sulfetos
Condutividade elétrica (in loco) Fenóis
Oxigênio Dissolvido, sat % (in loco) Carbono orgânico solúvel (COD)
Alcalinidade Total
Alcalinidade de Bicarbonatos
Coliformes totais e fecais
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
Demanda Química de Oxigênio - DQO
Dureza (Cálcio)
Dureza (Magnésio)


Observação: em negrito, estão assinaladas as variáveis utilizadas para o cálculo do Ìndice de Qualidade de Água - IQA

A metodologia de análise das variáveis acima está sintetizada na tabela abaixo:



Tab. III - Metodologia analítica que deveráa ser utilizada no projeto.

Ensaio

Tipo de ensaio

Referência

Alcalinidade de bicarbonato

Potenciometria

APHA 2320 B

Alcalinidade total

Potenciometria

APHA 2320 B

Carbono orgânico solúvel (COD)

Analizador de carbono

Perkin-Elmer

Clorofila-a e feopigmentos

Colorimétrico

Lorenzen (1967)

Coliformes fecais

tubos múltiplos

APHA 9221 E

Coliformes totais

tubos múltiplos

APHA 9221 B

Condutividade elétrica

Condutimetria

APHA 2510 B

DBO

Sonda Jenway com agitação continua/incubação

ABNT NBR 12614/1992

DQO

Digestão a quente pelo bicromato seguida de titulometria

ABNT NBR 10357/1988

Estreptococos

tubos múltiplos

APHA 9230 B

Dureza de cálcio

Titulometria

APHA 3500-Ca D

Dureza de magnésio

Titulometria

APHA 3500-Mg E

Fósforo Total

Colorimetria

Murphy & Riley, 1962

Fósforo Solúvel

Colorimetria

Murphy & Riley, 1962

Índice de fenóis

Colorimetria

ABNT NBR 10740/1989

Magnésio total

Titulometria

APHA 3500-Mg E

Nitrogênio amoniacal

Colorimetria (azul de indofenol)

ABNT NBR 10560/1988

Nitrogênio nítrico

Colorimetria

Mackreth et al. 1978

Nitrogênio nitroso

Colorimetria

Mackreth et al. 1978

Nitrogênio orgânico

Colorimetria

Mackreth et al. 1978

Oxigênio dissolvido

Oxímetro

Sonda YSI

pH

Potenciometria

Sonda de pH Digimed

Sólidos dissolvidos

Gravimetria

ABNT NBR 10664/1989

Sólidos em suspensão

Gravimetria

ABNT NBR 10664/1989

Sólidos totais

Gravimetria

ABNT NBR 10664/1989

Sulfatos

Turbidimetria

APHA 4500-SO42- E

Sulfetos

Titulometria

APHA 4500-S2- E

Temperatura da água / ar

Termometria

Sonda YSI

Turbidez

Turbidimetria

Turbidímetro DIGIMED

 

 

O IGAM disponibilizará ainda as análises de metais traços que são rotineiramente executadas dentro de seu programa trimestral de monitoramento na bacia do Rio Doce. As seguintes variáveis serão disponibilizadas.



Tabela IV - Lista de pontos de coletas e de metais mensurados pelo IGAM na bacia do rio Doce (UPGRH DO1, DO2, DO3, DO4, DO5). 



RD001 Cobre, Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês
RD004 Cobre, Ferro solúvel, Índice de fenóis
RD007 Cobre, Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês
RD013 Cobre, Índice de fenóis
RD009 Cobre
RD019 Cobre, Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês
RD018 Cobre, Índice de fenóis, Manganês
RD021 Cobre, Ferro solúvel, Índice de fenóis
RD023 Chumbo, Cianeto, Cobre, Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês, Sulfetos
RD025 Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo(VI), Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês, Níquel, Sulfetos, Surfactantes aniônicos, Zinco
RD026 Chumbo, Cianeto, Cobre, Ferro solúvel, Manganês, Sulfetos, Surfactantes aniônicos.
RD027 Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo(VI), Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês, Níquel, Sulfetos, Surfactantes aniônicos, Zinco
RD029 Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo(VI), Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês, Níquel, Sulfetos, Surfactantes aniônicos, Zinco
RD030 Cobre e Niquel
RD031 Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre, Cromo(VI), Ferro solúvel, Índice de fenóis, Manganês, Níquel, Sulfetos, Surfactantes aniônicos, Zinco
RD032 Cobre, Ferro Solúvel e Manganês
RD033 Cobre, ìndice de Fenóis e Manganês
RD034 Cobre
RD035 Cobre
RD039 Cobre, ìndice de Fenóis e Manganês
RD040 Cobre
RD044 Cobre
RD045 Cobre, Ferro Solúvel, Manganês, Sulfetos
RD049 Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos
RD053 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Manganês, Sulfetos
RD056 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos
RD057 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos
RD058 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos
RD059 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos
RD064 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos
RD065 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel, Fenois,  Sulfetos
RD067 Cianeto, Cobre, Ferro solúvel,  Sulfetos


3.3 - Variáveis Bióticas

Os estudos limnológicos estarão concentrados em 3 lagos dentro do Parque Estadual do Ro Doces (Carioca, Bispo e Gambazinho) e 4 lagos fora da reserva (Jacaré, Palmeirinha, Águas Claras e Amarela). Esses lagos serão amostrados com uma freqüência semestral. Haverá ainda coletas sazonais em 8 pontos de coletas em rios com diferentes graus de impacto dentro da bacia (ribeirão Caraça, rio Sta. Bárbara,  rio Piracicaba e ribeirão Ipanema) além de 4 pontos no rio Doce ainda a serem demarcados (em dois desses pontos em associação com as estações fluviométricas do IGAM).

Tabela V - Lista de variávies bióticas a serem mensuradas no projeto.

Variável

Ambiente L1= lótico L2=lêntico

Método

1 Bactérias de vida livre L1 - L2 Epifluorescência -DAPI, filtros de membrana 25 mm e 1000X, amostras fixadas sob refrigeração, com formol 12%.
2 Nanoflagelados heterotróficos L1 - L2 Epifluorescência -DAPI, filtros de membrana 25 mm e 1000X, amostras fixadas sob refrigeração, com formol 12%.
3 Ciliados L1  - L2 Epifluorescência -DAPI, filtros de membrana 25 mm e 1000X, amostras fixadas sob refrigeração, com formol 12%.
4 Tecamebas L1 Sedgewick_Rafter 1ml -  100X, (mic ótico comum)
5 Picoplâncton (< 2 um) L2 Epifluorescência -DAPI, filtros de membrana 25 mm e 1000X, amostras em formol 12%
6 Nanofitoplâncton (2 - 20  um) L2 Utermohl, mic. Invertido, 400X, amostras em lugol
7 Fitoplâncton (> 20 um) L2 Utermohl, mic. Invertido, 400X, amostras em lugol
8 Perifíton (> 20 um) L1 Utermohl, mic. Invertido, 400X, amostras em lugol
9 Microzooplâncton (20- 200 um) L1 -  L2 Sedgewick_Rafter 1ml -  100X, (mic ótico comum), amostras coletadas com rede de 20 um.
10 Mesozooplâncton (> 200 um) L2 Sedgewick_Rafter 1ml -  100X, (mic ótico comum), amostras coletadas com redes de 190 um
11 Organismos Bentônicos L1 Amostras quantitativas coletadas com draga de Eckman ou conchas de alumínio. Organismos fixados no campo e triados no laboratório, e amostras enumeradas sob estereomicroscópio (5, 10, 20 X)
12 Macrófitas Aquáticas L1 e L2 Amostras coletadas através do método dos quadrados aleatórios.
13 Peixes L1 e L2 Amostras quantitativas coletadas com redes de espera de diferentes malhas, tarrafas e anzóis. Organismos fixados no campo e triados em laboratório. Dados emitidos em unidades de esforço de captura.

 3.4- Fontes Antrópicas de Nutrientes

Nesta etapa do trabalho serão identificadas as principais fontes alóctones de fósforo e nitrogênio bem como de seu transporte através dos cursos d'agua da bacia de drenagem que abastece o reservatório, ao longo de um ciclo anual. Essa fase dos trabalhos inclui as seguintes etapas:

1) Compilação/Elaboração de Cartografia básica em formato digital:

2) Geologia, geomorfologia, hidrografia, cobertura vegetal, uso do solo e clima. Os mapas de cobertura vegetal e uso do solo serão obtidos no Instituo Estadual de Florestas (software Spring) ou através de imagens satélites (Landsat-INPE) que serão classificadas pelo método de supervisão em campo. Seria conveniente verificar a possibilidade de obter imagens de satélite de períodos anteriores para verificar as mudanças ocorridas no uso do solo e cobertura vegetal.

3) Compartimentação fisiográfica da bacia em sub-bacias e caracterização das mesmas.

A compartimentação fisiográfica será realizada com base na cartografia compilada, elaborada no item anterior. As sub-bacias serão caracterizadas quanto aos núcleos urbanos, densidade populacional, tendências demográficas, áreas de agricultura, áreas de pastagem, áreas de Preservação Permanente, sendo elaborados mapas temáticos. Para tanto, será usada a base de dados do IBGE, atualmente disponibilizada na www. Para a delimitação das sub-bacias será utilizado um modelo numérico de terreno originado pelo projeto PELD (site 4).

4) Identificação das áreas potenciais como fontes de nutrientes

Utilizando-se os mapas temáticos e compilação de dados junto às prefeituras e outras instituições serão identificadas as áreas potenciais como fontes de nutrientes. Fontes difusas: áreas agrícolas e de silvicultura intensiva, áreas urbanas; Fontes pontuais: indústrias, mineração e esgotos urbanos. Serão confeccionados mapas temáticos identificando áreas potenciais geradoras de aporte externo de nutrientes.

5) Vistoria das fontes potenciais para localização, tipo e magnitude da descarga dos nutrientes.

As fontes potenciais de nutrientes serão selecionadas para vistoria, na qual serão identificadas as localizações, o tipo e a magnitude da descarga de nutrientes em cada fonte buscando sua relação com os cursos d'água da região. Os resultados serão expressos em mapas temáticos e servirão de base para uma reavaliação da rede de amostragem de tributários para o ano 2 de coletas.

6) Coleta de amostras nos pontos identificados nas sub-bacias

Através do estudo das cartas temáticas e de uma vistoria in loco dos pontos potencialmente relevantes como fontes de nutrientes, serão delimitados até 15 pontos de coleta das amostras de água nos cursos d'água ao longo das sub-bacias. Essas coletas serão realizadas a semestralmente. Relação dos nutrientes encontrados na drenagem com as fontes de nutrientes identificadas. A relação entre o conteúdo e carga de nutrientes encontrados nos cursos d'água e as fontes de nutrientes será feita através de sua relação espacial utilizando técnicas de geoprocessamento (SIG).

3.5 - Banco de dados

O banco de dados que deverá reunir todas as informações que serão geradas tanto pelo projeto em suas coletas bem como será alimentado por informações pré-existentes. No caso específico da bacia do Rio Doce iremos alimentar o banco de dados com informações geradas em diversos projetos já realizados na bacia tais como o projeto PADCT-CIAMB e pelo  PELD (site 4) e a missão franco-brasileira.

O banco de dados irá basear-se numa arquitetura "oracle" que dispõe de aplicativos e dados dispostos em um servidor web. O banco de dados é um repositório único de dados com acesso remoto (web) capaz de interagir com novas aplicações que possam surgir, como por exemplo, aplicativos sobre sistemas de informação geográfica (GIS). O sistema de banco de dados terá dois níveis de acesso: público e restrito.

Trata-se de um banco com possibilidade de operações relacionais. Isso quer dizer que os dados dos diferentes sub-projetos deverão estar ligados entre si podendo ser manipulados logicamente. Dessa forma, o banco de dados irá permitir o tratamento dinâmico de toda a informação. Os dados serão adquiridos via formulários web (HTML) e enviados ao servidor central via scripts específicos da arquitetura "oracle". Esses scripts (pequenos programas) terão a capacidade de validar cada operação evitando redundâncias e erros simples de digitação. Assim, pretende-se implantar um mecanismo primário de consistência onde o usuário ao preencher cada campo deverá observar certos critérios de integridade e de padronização (input de dados consistido).

O banco de dados poderá ser manipulado remotamente via script PNP. Um sistema de "meta-dados" irá permitir aos usuários o acesso de informações do tipo: quem enviou o dado? Qual a origem e quando foi enviado o dado? 

Muito embora o banco de dados tenha diferentes níveis de restrição aos múltiplos usuários previstos, o público geral poderá acessar partes substanciais da informação, inclusive podendo criar gráficos e outros produtos de análise de dados tais como mapas temáticos oriundos do cruzamento de diferentes informações (por exemplo, cruzando dados de IQA com diversidade de organismos bentônicos).

O sistema terá uma garantia de inviolabilidade, sem prejuízo do acesso remoto o que deverá garantir atualizações, exclusões ou back-up os dados.O banco de dados terá uma escalabilidade, ou seja, será capaz de crescer tanto em volume quanto em abrangência temática.

Inicialmente, o banco de dados será alimentado com as informações a serem geradas pelo nosso sistema de coletas de dados físico-químicos e biológicos centrado na bacia do rio Doce, Minas Gerais.



4 - Cronograma

Quadro I - Conograma de Trabalho  (modificado em 14/12/2004)

 

Etapas

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

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24

25

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I

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VII

 

 

 

 

 

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VIII

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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XII

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

X

 

 

 

 

 

Legenda


Número

Descrição da Fase

I Montagem da equipe e implementação do projeto
II Obtenção da base cartográfica
III Aquisição dos equipamentos e serviços básicos
IV Coletas de campo
V Implementação do banco de dados (fase I)
VI Finalização do banco de dados (fase II)
VII Relatórios parciais (IC, Mestrado e PD)
VIII Relatório Final (Coordenação à Fapemig)
IX Publicações referenciadas
X Relatórios Finais de Bolsas IC
XI Defesas de dissertações (mestrado) NA = não se aplica
XII Relatório Final Bolsista PD

 

5 - Justificativa

5.1 -Material Permanente Importado

1) Kit para câmera de digital modelo Leica 350F destina-se ao uso exclusivo em microscópio de epifluorescência. Essa câmera irá permitir o uso de imagens digitais que poderão ser rapidamente armazenadas em computador e processadas posteriormente sem o uso do microscópio. A lâmpada de alta pressão de mercúrio Hg50W do microscópio de epifluorescência tem uma durabilidade média de apenas 100 horas e o preço de cada lâmpada é de EUR$ 383.00 (trezentos e oitenta e três euros). Dessa forma, a utilização da câmera irá viabilizar a análise de bactérias de vida livre, protozoários, ciliados e picoplâncton pela técnica DAPI.

2) O radiômetro subaquático da marca LICOR permite a mensuração da radiação PAR (430-700 nm) na coluna de água. Pode-se estimar com grande precisão a zona fótica de um lago, o que permite não só uma melhor definição de toda a estratégia de amostragem mas também um melhor conhecimento do clima luminoso do ambiente e de suas associações com os teores de sólidos, turbidez e transparência da água e os produtores primários.

3)  A balança analítica (0,00001 g) permite estimar o peso seco de microorganismos aquáticos tais como o microzooplâncton, mesozooplâncton e microorganismos bentônicos com precisão e rapidez eliminando o uso de modelos alométricos que são menos precisos e mais laboriosos;

4)  As redes de plâncton são necessárias para a amostragem e devem ser de boa qualidade garantindo uma precisão de filtragem e uma conseqüente correta estimativa do volume total filtrado;

5) As garrafas de Van Dorn da marca Hydrobios são construídas em pexiglas e titânio. Elas são leves, de fácil manuseio e graças ao material utilizado não contaminam as amostras com metais traços ou matéria orgânica. Elas são dotadas de termômetro de coluna que mede a temperatura da água;

6)  Aparelho de posicionamento global de satélites de 12 canais da marca Garmin é portátil, tem programação para o datum (Córrego Alegre ou DAD69)  em uso na América do Sul e permitirá a correta demarcação e localização dos pontos de amostragem;

7)  Computadores Lap Top deverão ser usados pelos pesquisadores principais do projeto sendo que dois deles deverão ficar alocados no ICB/UFMG e um terceiro enviado ao IGAM. Eles permitem grande flexibilidade de uso (palestras, captura de informações em locais remotos, etc).

5.2 - Material Permanente Nacional

 1) O freezer e a geladeira serão usados para a estocagem de amostras coletadas no campo e que demandam um certo tempo para serem processadas em laboratório;

2)  A bomba à vácuo será necessária para as filtragens de clorofila-a, série nitrogenada e fósforo solúvel;

3) Condutivímetro de campo necessário para as determinações de condutividade elétrica da água;

4) Aparelho mensurador de pH:  versão portátil, dotada de eletrodo com gel de KCl próprio para uso em campo;

5) Redes para coletas de peixes: redes de emalhar de várias aberturas de malhas usadas para captura de peixes;

6) Impressoras a laser: impressoras gráficas de alta resolução, adequadas para a impressão em alta qualidade de relatórios e manuscritos científicos. Apresentam a vantagem de um custo operacional bem inferior às impressoras de jato de tinta;

7) O projeto pretende adquirir 05 computadores desk top (4 para a UFMG e 1 para o IGAM). Essas máquinas todas com CPU acima de 1GHz, 128Mb de RAM e 40 Gb de HD destinam a substituir máquinas mais velhas e lentas que vêm sendo operadas nos laboratórios envolvidos.



5.3 - Material de Consumo

1) O material de consumo importado refere-se basicamente  a reagentes de alta qualidade (Merck) usados nas análises químicas de água, especialmente naquelas susceptíveis à contaminantes tais como a do nitrogênio e fósforo. Os outros itens referem-se à material de consumo para reposição tais como cubetas de contagem, lâmpadas de microscopia e material específico para triagem de organismos bentônicos.

2)  Na rubrica de material de consumo nacional também estão igualmente previstos gastos com reagentes, filtros de fibra de vidro, material diverso para coletas de campo, suprimentos de informática e material de expediente em geral. Um item importante nessa rubrica refere-se ao gasto com combustível e derivados de petróleo necessário para o deslocamento até os pontos de amostragem.



5.4 - Passagens e Diárias

 1)  As coletas na região da bacia do rio doce irão consumir uma parte substancial dos gastos dessa rubrica. Estão previstas, para cada ano, diárias para 02 excursões com 12 pessoas com duração de 05 dias, num total de 120 diárias. No primeiro ano, estão previstas ainda 70 diárias destinadas à instalação e acompanhamento inicial das sondas de monitoramento contínuo (YSI). Essa parte estará sob a responsabilidade do pessoal do IGAM/INPE.

2) O material coletado irá demandar contatos com especialistas nas áreas de protozoários, fitoplâncton, zooplâncton, bentos e peixes. A maioria dos especialistas dessas áreas pode ser encontrada no Rio de Janeiro (Museu Nacional), São Paulo (USP, Instituto de Pesca, Instituto de Botânica da Sécretaria de Agricultura de SP), Brasília (UnB e PUC-DF) e no NUPELIA em Maringá (PR)

3)  Estão também previstos contatos com pesquisadores no exterior, especialmente nas questões relacionadas ao uso e isolamento de possíveis organismos indicadores ambientais. Um desses grupos é coordenado pelo Prof. J. Schwoerbel, Universitaet Konstanz, Alemanha. Outro grupo de reconhecida competência trata-se do grupo de pesquisas em ambientes lóticos da Floresta Negra, Departamento de Zoologia da Universitaet Freiburg, Alemanha.  Uma outra linha de colaboração internacional proposta refere-se ao Grupo de Pesquisas Inter-Universitárias do Canadá, GRIL, coordenado pela Profa. Bernadette Pinel-Alloul (Université de Montreal) que é uma especialista na análise de projetos de silvicultura em comunidades aquáticas de lagos temperados.



 5.5 - Manutenção de equipamentos

1) Uma das características dos dois laboratórios de pesquisa da UFMG (Profs. Francisco Barbosa e Ricardo Pinto Coelho) é que ambos possuem grande parte do material permanente necessário para a presente pesquisa tais como o analisador de carbono, espectrofotômetros, microscópios óticos, microscópios de epifluorescência, estereomicroscópios, estufas, liofilizadores, incubadoras de BOD, etc. Todo esse material exige reparos e peças de reposição e, na realidade, muitos desses equipamentos já estão a exigir urgentes reparos. Dessa forma, o presente projeto aloca recursos substanciais para a rubrica de manutenção de equipamento.



5.6 - Material Bibliográfico

1)  O projeto envolve proporcionalmente uma grande alocação de mão de obra e tempo na determinação taxonômica dos organismos aquáticos a serem coletados. Essas determinações serão feitas a partir de literatura especializada, disponível, em grande parte, apenas no mercado internacional (manuais de determinação de protozoários, algas e demais microorganismos). Dessa forma, estamos prevendo a alocação de US$ 4.000.- para a compra de manuais e compêndios atualizados.

 

6 - Contrapartida Institucional

6.1) Infraestrutura Física



1) Prof. Ricardo Motta Pinto-Coelho

Laboratório sala I3 254 (37 m2 com ventilação/exaustão dotado de rede elétrica dupla 110V e 220V tripolar em todos os pontos, com armários em fórmica e de aço). Sala de Cultivo de microorganismos (25 m2) refrigerada com aparelho Prosdócimo 18.000 BTU's, com rede de água bifiltrada (filtros KUNO) e bancadas especiais iluminadas para o cultivo de algas e outros microorganismos. Gabinete/ofício (17 m2) refrigerado com ap. Cônsul 7500 BTU's. 2 telefones diretos externos (0055 31 3499 2605 / 3499 2574),  cinco pontos de rede com a ICB-NET (E-mail, Internet, etc).



2) Prof. Francisco Antônio Rodrigues Barbosa

Laboratório completo de limnologia, dotado de equipamento para análises físico-química, microbiológica da água com centrífugas, geladeiras, freezers, espectrofotômetros, destiladores de água. Em sala anexa, tem o gabinete do professor e, ainda salas anexas onde ficam o analisador de carbono, bancadas especiais para uso de radioisótopos e sala de cultivo e depósito de material de campo. Em todos esses locais existem pontos de internet acoplados a computadores desk-top, aparelho de fax e de telefonia.

Ambos os laboratórios dispõem de bom serviço de apoio administrativo sediado nas secretaria do departamento BIG (Fax, Tel, Correios, etc) bem como na secretaria do curso de pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre (ECMVS).

 

6.2) Material Permanente (laboratório de Ricardo P. Coelho)

1 Espectrofotômetro AIC VIS-IR 7220

1 Espectrofotômetro SHIMADZU UV-VIS-IR 1201

1 Liofilizador Edwards com bomba a vácuo R8

1 Agitador de Bancada NOVA TÉCNICA

1 Oxímetro digital portátil DIGIMED

2 Oxímetros digitais portátil YELLOWSPRING

2 Agitadores magnéticos IKA

1 Agitador de Tubos de Ensaio HEIDOLPH

1 Mufla com pirômetro e termopar NOVA TÉCNICA

1 Microbureta Eletrônica BRAND

1 Destilador de água QUIMIS

1 Lupa LEICA M3M com equipamento fotográfico completo

1 Microscópio LEICA DMLB com câmara de vídeo SONY CCD

1 Microscópio de epifluorescência Leila DML7 com tubo triocular

1 Estufa Germinadora Projetada (18-30 C°, 0-2000 Lux)

1 Estufa Germinadora Prolab (410 l, 0-50 C°, 0-2000 Lux)

1 Estufa de esterilização FANEM 315 SE

1 Estufa microbiológica FANEM 715

1 Autoclave vertical PHOENIX AV30

1 Centrífuga FANEM Excelsa Baby I

1 Forno de micro-ondas SHARP 45 litros

1 Termo-higrômetro DIN

1 Luxímetro digital TESTO

1 Microcomputador CPU Pentium 600 MHz, 64 Mb RAM, HD 6 Gb, CD 48X, FD 3.5"

1 Microcomputador CPU AMD 450 MHz HD 11Gb, 64 Mb RAM, CDROM 8X, FD 3.5"

1 Mic. KEMITRON CPU AMD 500 MHz, 64 MbRAM IBM 586 120 MHz HD 850 MB, FD 3.5"

1 Mic. KEMITRON-CPU IBM 586 120 MHz, 16 Mb RAM HD 850 MB, FD 3.5"

1 Mic. TRONI AMD 90 MHz, HD 3.1 GB, 32 Mb RAM,CD 36X, FD 3.5", FD 5 1/4"

1 Mic. KEMITRON-CPU INTEL PENTIUM 133 MHz, 32 Mb RAM, HD 2.0 Gb, CD 16X, FD 3.5"

1 Mic. KEMITRON-CPU INTEL 133 MHz, 32 Mb RAM, HD 2.1 GB, CD 4X, FD 3.5 & 5 1/4"

1 Impressora matricial EPSON LX 810

1 Impressora jato de tinta HP 560 Color

1 Impressora jato de tinta HP 692C Color

1 ZIP DRIVE IOMEGA 100 Mb (LPT1)

1 Scanner 9600 dpi, porta paralela (LPT1)

1 camera fotografica reflex 50-70mm Yashika automática

1 Mesa digitalizadora

2 Barcos LEVEFORT LAMBARI com remos e salva vidas

1 motor de popa JOHNSON 8HP

1 Armadilha p/ zooplâncton CLARKE-JUDAY 5,1 l

1 Armadilha p/ zooplâncton projetada 10.0 l

5 Pipetas não seletivas de HENSEN-STEMPEL de várias capacidades

 

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A figura acima mostra o Liofilizador Edwards que possibilitou uma nova abordagem: estudos sobre a composição bioquímica do zooplâncton onde pudemos estudar, por exemplo, os ciclos temporais no status nutricional, bem como a influência da qualidade do alimento no desenvolvimento desses organismos.
 


7 - Projetos Correlatos Conduzidos pelo Grupo de Pesquisas/UFMG

Os pesquisadores da UFMG estão envolvidos em diversos projetos de pesquisa, voltados ao estudo limnológico básico e aplicado de rios e reservatórios em Minas Gerais.  Eles possuem uma intensa captação de recursos de diferentes agências de fomento seja ao nível do município, seja ao nível estadual e federal.

 

Prof. Ricardo Motta Pinto-Coelho

1)  "Ecology and human impact on man made reservoirs and natural lakes in Minas Gerais with special reference to future development and mangement strategies." Orgãos financiadores: Forschungszentrum Geestacht - GKSS, Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD), CAPES, IEF, FURNAS e FAPEMIG .Recursos captados: DM$ 30,000.- Tipo de participação: coordenador. Equipe: Walter Geller, Thomas Weisse, Bern Markert, Alessandra Giani.

2) "Efeito da predação por peixes sobre a estrutura da comunidade zooplanctônica no reservatório de Furnas, Capitólio/Passos, MG." Orgãos financiadores: CNPq (Proc. 521.513/93-6 NV).Furnas Centrais Elétricas (FURNAS).Pró-Reitoria de Pesquisas PRPQ-UFMG (Proc. No 23072.044204/96-66). Período: 1994-1996. Recursos captados: US$ 6,000.- (CNPq) R$ 450,- (FURNAS) R$ 2.000,00 (PRPQ-UFMG) Tipo de participação: coordenador. Equipe: Andréa R.G. da Costa, Maurício K. Amorim e Paulo C. Corgosinho.

3) "Eutrofização na Lagoa da Pampulha: Controle ambiental de comunidades afetadas (macrófitas, plâncton e bêntos)". Orgão financiador: Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA - IBAMA).Gestor adminstrativo: FUNDEP (Convênio 2279). Período: 1996-1997 . Recursos captados: R$ 17.825,- Tipo de participação: coordenador. Equipe: Marcos A. Reis, Karen Lissa Goodwin e Magda Barcellos Greco.

4) "Monitoramento Plurianual de Parâmetros Físico-Químicos e Biológicos no Reservatório da Pampulha, Belo Horizonte (MG)". Convênio SUDECAP/FUNDEP (matrícula 1447-A de 04/08/95).Período: 1995-1997. Recursos captados: R$ 23.850,00 Orgão Financiador: Secretaria Municipal do Meio Ambiente SMMA-PBH, convênio assinado em em 7/12/95. Orgão Gestor Admnistrativo: FUNDEP (Conv. 2287) .Tipo de participação: coordenador. Equipe: Isabella Claret Torres, Cleber Figueredo, Ludmira Collares e Cid Moraes Júnior.

5) "Melhoria da qualidade nutricional do zooplâncton usado como alimento de alevinos em estações de piscicultura". Recursos captados: R$ 45.000,00.Orgão Financiador: FAPEMIG (Proc. 1897/96). Gestor Admnistrativo: FUNDEP (Convênio em implantação).Tipo de participação: coordenador. Equipe: Weber de Sá Pires, Sávio M. Oliveira e Carla Fernandes Macedo.

6) "Balanço de Massa de fósforo, evolução da eutrofização e produção primária líquida de Eichhornia crassipes no reservatório de Volta Grande, (MG/SP)", Projeto aprovado pela Fapemig em março de 1998 (Proc. CBS 2042/96) no valor de R$ 13 113,06;

7)" Variação de isoenzimas em populações naturais de cladóceros no reservatório da Pampulha" , Belo Horizonte, Minas Gerais, Projeto aprovado pela Fapemig em setembro de 1998 (Proc. CBS 946/97) no valor de R$ 26 967,05;

8) "Biomonitoramento Plurianual de fatores Limnológicos no reservatório da Papmpulha", convênio firmado em julho de 1999 entre a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Fundação de Des. Da Ciência da UFMG, FUNDEP no valor de R$ 33.000,00;

9) "Aporte de fósforo e a presença de cianobactérias no reservatório de São Simão". Convênio 4830-1 firmado entre a CEMIG e a Fundep, MG no valor de R$ 96.000,00. Participantes: Ricardo  Pinto-Coelho, Maria Edith Rolla e outros.



Prof. Francisco Antônio Rodrigues Barbosa

O professor tem coordenado diversos projetos relacionados à temática da presente proposta, muitos dos quais na Bacia do Rio Doce, onde se destacam:

1) "Projeto de cooperação nipo-brasileira", coordenado pelo Prof. Dr. José Galizia Tundisi e conduzido em parceria com a UFSCar, UFMG e USP (Botucatú). Participantes: J.G. Tundisi, Raoul Henry, FAR Barbosa, G. E. Torres, dentre outros pesquisadores;

2) "Projeto PADCT-CIAMB" financiado pelo CNPq com a particpação de vários pesquisadores da UFMG dentre eles Prof. G. B. Fonseca,  A Rylands e FAR Barbosa além de vários professores do CEDEPLAR-MG.

3) "Projeto Estudos Ecológicos de Longa Duração - PELD", igualmente financiado pelo CNPq com participação de vários docentes da UFMG envolvendo os departamentos de Biologia Geral, Botânica, Zoologia, Instituto de Geociências e o CEDEPLAR 



8 - Resultados Esperados

A bacia do rio Doce deve apresentar uma elevada variabilidade na qualidade físico-química e biológica de suas águas. Espera-se encontrar todo um gradiente de situações com corpos de água com ótima qualidade de água (ribeirão do Caraça) até sistemas que são praticamente um esgoto "in natura", tais como o ribeirão Ipanema, no município de Ipatinga, MG. Nesse aspecto, a bacia do rio Doce é um modelo ideal de estudos onde poderemos testar diferentes hipóteses relacionadas a premissa básica desse estudo, ou seja, de que os sinais biológicos oferecem uma melhor informação sobre a qualidade de água, refletindo de modo mais adequado (mais rapidamente e mais especificamente) aos diferentes impactos antrópicos. Assim pretendemos, por exemplo, diferenciar melhor os impactos causados pela entrada de fontes pontuais de esgotos causadas pela urbanização dos efeitos da poluição difusa causados pelas monoculturas de Eucaliptus nos diferentes corpos de água (lagos e rios) da bacia do rio Doce em MG.  

 Esperamos encontrar diferenças significativas entre as estações de seca e chuva em quase todas as variáveis biológicas utilizadas. Espera-se, por exemplo, uma elevada contaminação por coliformes e vida bacteriana no período de chuvas em praticamente todos os rios amostrados, exceto talvez o ribeirão do Caraça; esperamos encontrar uma elevada riqueza de cladóceros zooplanctônicos em lagos situados na reserva do PERD se comparados aos sistemas lacustres sob influência de reflorestamento com Eucaliptus. Em relação aos organismos bentônicos, esperamos encontrar diferenças de riqueza de ambientes lóticos para os lênticos (lagos), com uma maior riqueza para as comunidades ripárias; Outra hipótese que pretendemos testar seria a possibilidade do uso de certos organismos planctônicos ou bentônicos ou de algumas de suas associações como eficientes indicadores da qualidade de água nos rios da região.

 No final pretendemos dotar o banco de dados de uma capacidade de operações lógicas com os dados e usando essa ferramenta pretendemos avaliar quantitativamente quais são os impactos de diferentes tipos de atividades humanas na estrutura (riqueza, diversidade, abundância e biomassa) das comunidades aquáticas estudadas.

 



8- Equipe (o quadro abaixo foi modificado em 10 de dezembro de 2004 )



Nomes



Função

Instituição

Titulação

1 Ricardo Motta Pinto Coelho Coordenador UFMG doutor
2 Francisco Antônio Rodrigues Barbosa Colaborador UFMG doutor
3 Paulina Maia Barbosa Colaborador UFMG doutor
4 Maria Margarida Marques (bolsista de Pós-Doutoramento ) Bentos bolsa Fapemig doutor
5 Zenilde G. da Silva Parceria IGAM IGAM doutoranda ECMVS
6 Tiago Gripp Mota Ictiologia bolsa IC Fapemig bacharelando
7 Maíra Oliveira Campos Ficologia bolsa IC Fapemig bacharelando
8 Fabrícia de Sousa Miranda Invertebrados planctônicos bolsa IC Fapemig bacharelando
9 Barbara Aparecida da Silva Rego DBO, Colimetria e físico-química bolsa AT/ CNPq bacharelando







9- Planos de trabalho dos Bolsistas

9.1) Bolsista de Pós-Doutoramento (modificado em 10/12/2004)

Participar da organização geral do projeto, principalmente buscando manter coeso o grupo da UFMG com o grupo do IGAM.  A sua atividade central será a organização dos dados para que eles possam entrar no banco de dados sobre a biodiversidade aquática. Ele ainda deverá cuidar da logística da reunião de avaliação anual de avaliação do projeto que deverá ser marcada e organizada pelo coordenador da pesquisa. Ele deverá participar das coletas de campo e recolher os dados de cada sub-grupo de trabalho, verificar a consistência dos dados de cada grupo (propriedade das identificações, consistência dos dados de abundância e biomassa) e formatar as entradas do banco de dados. O bolsista de PD será ainda o responsável pelos aplicativos GIS vinculados ao banco de dados. Ele(a) deverá ter sólida formação em ecologia aquática e deverá estar preparado para adquirir conhecimentos na área de GIS.

Atividades previstas:

(a)  participação das coletas de campo;

(b)  verificar a consistência, a formatação e entrada de dados no banco de dados consistidos;

(c)  obtenção da base de dados cartográficos, censitários e imagens de satélites;

(e)  participação e organização das reuniões periódicas com todos os integrantes do grupo de pesquisas da UFMG e do IGAM;

(f)   trabalhar na integração dos grupos de pesquisa do IGAM e da UFMG;

(g) redigir pelo  menos dois manuscritos científicos voltados ao uso de banco de dados sobre biodiversidade aquática e sobre o impacto das atividades humanas na bacia sobre as comuidades aquáticas;

(h)  participar - com apresentação de trabalhos - de dois eventos científicos ligados à área de atuação do projeto.;

(i)   ter uma dedicação exclusiva ao projeto de pesquisa.

 

Forma de seleção do bolsista: análise de c.v. e entrevista com uma comissão de pesquisadores designada pelo coordenador do projeto.

 

9.2) Bolsistas (a lista a seguir refere-se ao pedido de bolsas solicitado originalmente a Fapemig. No entanto, o projeto foi aprovado com a dotação de quatro bolsas de iniciação científica)

O projeto prevê a alocação de quatro bolsas de mestrado com a duração máxima de 24 meses cada.

 Mestrando-1: Irá trabalhar especificamente com a comunidade de bactérias de vida livre, protozoários (flagelados heterotróficos, tecamebas e ciliados) e picoplâncton. Ele ainda fará as análises de colimetria. O objetivo central desse sub-projeto será avaliar a riqueza em espécies (ou morfoespécies), abundância e biomassa de cada um dos grupos acima, correlacionando essas variáveis com os índices de qualidade de água e com os padrões de uso do solo.

 

Atividades previstas:

(j)     participar da logística e do preparo das excursões de campo;

(k)   participar de todas as coletas de campo em sua área de atuação;

(l)      coletar, fixar, triar o material biológico e cuidar do transporte e estocagem do material sob condições adequadas até o seu processamento final;

(m)  identificar, enumerar, tabular os dados biológicos e inseri-los nas planilhas eletrônicas apropriadas;

(n)    elaborar os relatórios científicos e entregá-los ao coordenador da pesquisa em tempo hábil, dentro do cronograma previsto;

(o)   apresentar pelo menos duas comunicações orais e redigir um manuscrito científico que deverá ser encaminhado ao comitê editorial da revista escolhida pelo seu orientador pelo menos 2 meses antes da defesa da dissertação;

(p)   defender a sua dissertação de mestrado em acordo com o regimento do curso de PG-EVMVS;

(q)   dedicar-se integralmente ao projeto em carga horária de pelo menos 40 horas por semana.

 

Análise do desempenho do bolsista: será feita através de reuniões periódicas com seu orientador, pelo seu histórico escolar no curso ECMVS e pela avaliação de sua produção acadêmica. Ao final, o bolsista terá que enviar o relatório final do bolsista à FAPEMIG e cumprir com todos os pré-requisitos acadêmicos do curso de PG ECMVS.



Mestrando-2: irá trabalhar com a comunidade de algas fitoplanctônicas e perifíticas. O objetivo central desse sub-projeto será avaliar o impacto de difeentes níveis de atividades antrópcias nos padrões de riqueza em espécies, abundância e biomassa de cada um dos grupos acima. Para isso será necessário que seja feita um inventários das espécies de fitoplâncton dos lagos e de perifíton nos rios correlacionando os dados estruturais dessas comunidades com a clorofila-a, turbidez, transparência da água e teores de sólidos e ainda com os índices de qualidade de água e com os padrões de uso do solo.

 Atividades previstas:

(a)    participar da logística e do preparo das excursões de campo;

(b)   participar de todas as coletas de campo em sua área de atuação;

(c)    coletar, fixar, triar o material biológico e cuidar do transporte e estocagem do material sob condições adequadas até o seu processamento final;

(d)   identificar, enumerar, tabular os dados biológicos e inseri-los nas planilhas eletrônicas apropriadas;

(e)    elaborar os relatórios científicos e entregá-los ao coordenador da pesquisa em tempo hábil, dentro do cronograma previsto;

(f)     apresentar pelo menos duas comunicações orais e redigir um manuscrito científico que deverá ser encaminhado ao comitê editorial da revista escolhida pelo seu orientador pelo menos 2 meses antes da defesa da dissertação;

(g)    defender a sua dissertação de mestrado em acordo com o regimento do curso de PG-EVMVS;

(h)    dedicar-se integralmente ao projeto em carga horária de pelo menos 40 horas por semana.

 

Análise do desempenho do bolsista: será feita através de reuniões periódicas com seu orientador, pelo seu histórico escolar no curso ECMVS e pela avaliação de sua produção acadêmica. Ao final, o bolsista terá que enviar o relatório final do bolsista à FAPEMIG e cumprir com todos os pré-requisitos acadêmicos do curso de PG ECMVS.



Mestrado-3: o bolsista irá trabalhar com a comunidade de macroinvertebrados bentônicos. O estudo será desenvolvido basicamente nos pontos lóticos com ênfase especial nos pontos dotados de estações fluviométricas e de monitoramento contínuo que serão montadas no projeto. O objetivo central da pesquisa será o de examinar os impactos que as variações de vazão causam na estrutura da comunidade bentônica bem como essa comunidade reage aos diferentes tipos de impactos humanos.

Atividades previstas:

(i)      participar da logística e do preparo das excursões de campo;

(j)     participar de todas as coletas de campo em sua área de atuação;

(k)   coletar, fixar, triar o material biológico e cuidar do transporte e estocagem do material sob condições adequadas até o seu processamento final;

(l)      identificar, enumerar, tabular os dados biológicos e inseri-los nas planilhas eletrônicas apropriadas;

(m)  elaborar os relatórios científicos e entregá-los ao coordenador da pesquisa em tempo hábil, dentro do cronograma previsto;

(n)    apresentar pelo menos duas comunicações orais e redigir um manuscrito científico que deverá ser encaminhado ao comitê editorial da revista escolhida pelo seu orientador pelo menos 2 meses antes da defesa da dissertação;

(o)   defender a sua dissertação de mestrado em acordo com o regimento do curso de PG-EVMVS;

(p)   dedicar-se integralmente ao projeto em carga horária de pelo menos 40 horas por semana.

 

Análise do desempenho do bolsista: será feita através de reuniões periódicas com seu orientador, pelo seu histórico escolar no curso ECMVS e pela avaliação de sua produção acadêmica. Ao final, o bolsista terá que enviar o relatório final do bolsista à FAPEMIG e cumprir com todos os pré-requisitos acadêmicos do curso de PG ECMVS.

 

Mestrando-4: o bolsista irá trabalhar com a ictiofauna. Ele deverá fazer um inventário das espécies existentes nos lagos e rios estudados no projeto. Ele irá fazer um estudo comparativo entre lagos e rios ressaltando as diferenças  e similaridades encontradas. Especial atenção será dada à existência de espécies exóticas e de seu possível papel no processo de extinções locais da fauna nativa.

Atividades previstas:

(q)   participar da logística e do preparo das excursões de campo;

(r)     participar de todas as coletas de campo em sua área de atuação;

(s)    coletar, fixar, triar o material biológico e cuidar do transporte e estocagem do material sob condições adequadas até o seu processamento final;

(t)     identificar, enumerar, tabular os dados biológicos e inseri-los nas planilhas eletrônicas apropriadas;

(u)    elaborar os relatórios científicos e entregá-los ao coordenador da pesquisa em tempo hábil, dentro do cronograma previsto;

(v)    apresentar pelo menos duas comunicações orais e redigir um manuscrito científico que deverá ser encaminhado ao comitê editorial da revista escolhida pelo seu orientador pelo menos 2 meses antes da defesa da dissertação;

(w)  defender a sua dissertação de mestrado em acordo com o regimento do curso de PG-EVMVS;

(x)    dedicar-se integralmente ao projeto em carga horária de pelo menos 40 horas por semana.

 

Análise do desempenho do bolsista: será feita através de reuniões periódicas com seu orientador, pelo seu histórico escolar no curso ECMVS e pela avaliação de sua produção acadêmica. Ao final, o bolsista terá que enviar o relatório final do bolsista à FAPEMIG e cumprir com todos os pré-requisitos acadêmicos do curso de PG ECMVS. Forma de seleção dos bolsistas de mestrado: os candidatos a tais bolsas deverão ser aprovados no exame de seleção ao curso de Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre da UFMG. Os detalhes dessa seleção estão disponíveis na secretaria do curso ou na web site: http://ecologia.icb.ufmg.br/~ecmvs . Para cada projeto de mestrado será alocado um bolsista de iniciação científica. A seleção dos bolsistas de iniciação científica será por análise de histórico escolar seguida de entrevista com uma comissão de pesquisadores designada pelo coordenador do projeto. As atividades previstas para os bolsistas de IC são as mesmas dos bolsistas de mestrado, excluindo os requisitos exigidos pelo programa de PG-ECMVS.


10 - Literatura

APHA. 1998. Standart Methods for the Examination of Water and  Wastewater. 20 ed. Washington: APHA, 1998. 1745 p.

Barbosa, F.A. R e colaboradores. 2000. Dinâmica Biológica e a Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica do Médio Rio Doce. Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração - PELD/CNPq. Primeiro Relatório. Dezembro de 2000.

Fonseca, G. A.B. 1997. Impactos Antrópicos e biodiversidade terrestre. In: Paula, J.A. [ed] Biodiversidade, população e economia. CEDEPLAR/ECMVS. Belo Horizonte , 671 p.

Pinto-Coelho, R.M. 2000. Fundamentos em Ecologia. Artmed. Porto Alegre, 152 p.

Techniques of  Water-Resources Investigations of the United States Geological Survey, Book 5, Chapter 1: Methods for the determination of inorganic substances in water and fluvial sediments,1979.

 

 10 - Contato

Prof. Dr. Ricardo Motta Pinto-Coelho

Departamento de Biologia Geral

Instituto de Ciências Biológicas - ICB

Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Av. Antônio Carlos, 6627

31270-901 Belo Horizonte (MG)

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Laboratório de Gestão de Reservatórios Tropicais

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Ilmo. Sr.

Prof. Dr. Naftale Katz

Diretor Científico da Fapemig

Ref: edital 14/2002

 

 

                                               Belo Horizonte, 12 de dezembro de 2002

 

Prezado Sr. Diretor

 

Encaminho, em anexo, a proposta  Elaboração de um Banco de Dados sobre Recursos Hídricos em Minas Gerais - Biota Aquática com Ênfase na Bacia do Rio Doce referente ao sub-ítem (3) do edital em epígrafe. Cabe esclarecer que essa proposta decorre, em grande parte, das sugestões finais apresentadas pelo comitê sobre gestão de recursos hídricos no estado de Minas Gerais, coordenado pela Dra. Magda Greco, órgão consultivo da Secretaria de Ciências do Estado de Minas Gerais do qual tive a honra de participar juntamente com o Prof. Dr. Francisco Barbosa da UFMG e a Dra. Heloísa Torres Nunes do IGAM. Na documentação em anexo, V.S. poderá encontrar uma carta do presidente do IGAM, Dr. Willer Pós, demonstrando o elevado interesse daquela instituição na presente proposta.

 

Estamos confiantes no aval da Fapemig em relação a nossa proposta principalmente por acreditarmos que ela vem de encontro aos anseios da comunidade científica do estado, voltada à gestão e conservação dos recursos hídricos de MG.

 

Atenciosamente

Prof. Ricardo Motta Pinto Coelho

Coordenador

 

 



 

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